ELABORAÇÃO DE PROJETO

ELABORAÇÃO DE PROJETO

Sobre os projetos de créditos de carbono!
ELABORAÇÃO DE PROJETO

O processo de geração e comercialização de créditos no mercado de carbono voluntárioconsiste em 4 etapas principais, em que diferentes agentes desempenham papeis de grandeimportância ao longo de todo o processo.
A elaboração de um projeto gerador de créditos de carbono começa pela identificação da potencial atividade redutora ou removedora de emissões de GEE e da verificação da sua viabilidade. A identificação da atividade, por sua vez, caminha de mãos dadas com a escolha da metodologia a ser utilizada no projeto.A metodologia define os procedimentos detalhados para a quantificação das reduções/remoções de emissões de GEE que poderão gerar crédito de carbono. Ela estabelece os critérios e condições para determinar a adicionalidade e/ou a linha de base de crédito paraum determinado escopo de projeto. Os padrões internacionais de certificação reconhecem um conjunto de metodologias pré-aprovadas no âmbito do MDL (mercado internacional regulado) ou por determinado grupo científico. Se não houver nenhuma metodologia aplicável ao projeto em específico, é também possível propor o desenvolvimento de nova metodologia. Nesse caso, o desenvolvedor deve submeter a nova metodologia a um procedimento de validação independente. A proposta de metodologia será primeiro avaliada e revista por uma auditoria especializada (conhecida como DOE - Designated Operational Entity). Em seguida, o relatório de avaliação da DOE será revisto e, caso cumpra os padrões de confiabilidade do mecanismo independente, a metodologia será finalmente aprovada. ‍

As metodologias vigentes foram elaboradas por desenvolvedores de diversas partes do mundo. Entre elas, destacam-se duas metodologias elaboradas por desenvolvedores brasileiros. ‍

A primeira delas se trata da Metodologia para Desmatamento Não-Planejado Evitado, que foi desenvolvida pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) em parceria com a BioCarbon Fund, Carbon Decisions International e o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentáveldo Amazonas (Idesam). Essa metodologia é utilizada para estimar e monitorar as emissões de GEE de atividades de projetos que evitam o desmatamento não planejado. Além disso, também permite contabilizar aumentos no estoque de carbono em florestas que seriam desmatadas no cenário linha de base.


A segunda metodologia brasileira é a troca de gasolina por etanol em frotas de veículos do tipo flex, desenvolvida pela Keyassociados e Ecofrotas e aprovada em 2012. Essa metodologia calcula as reduções de emissões de GEE resultantes da substituição da gasolina pelo etanol ou pela mistura de etanol com gasolina (com pelo menos 95% de etanol) em frotas comerciais de veículos do tipo flex. Desde a sua aprovação, essa metodologia já foi utilizada em dois projetos, sendo um deles no Brasil e outro na Índia, e gerou aproximadamente 43 mil créditos de carbono.

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